Desisto!

Acredito que não há algo mais desesperador do que tentar fazer parte da vida de alguém que te despreza. Pode chamar do que for, mas creio que é mais do que uma simples vontade boba, daquelas que você tem no final da tarde. Vontade eu chamaria o que tenho uma vez ou outra, mas qual seria o nome pra algo que vem todos os dias antes mesmo do sol nascer? – Colocar títulos é tão difícil quanto aceita-los!
Muito mais do que um Bom dia dito apenas por educação, ou até mesmo um Tudo bem? Por praxe. É vontade de ouvir realmente aquilo que você sente nas entrelinhas, caso contrário não insistiria tanto se soubesse que tudo está a mil maravilhas. É um querer irritante, talvez por falta do que pensar penso tão somente ao que não me pertence. Não cuidando da vida alheia como minhas vizinhas, mas admirando passos que eu tanto adoro. Talvez eu também feche portas para alguns que tentam participar da minha vida cortando o papo no começo, talvez eu também não tenha percebido. Preciso aceitar o que já é meu, o que me foi dado. Insistir não deu em nada (ainda?).
Aceitar quem não me aceitou de fato.
É irritante, sim. Porém, o que tenho feito é de livre e espontânea vontade. Daqui uns anos (creio eu) não terei a alucinante dor daqueles que dizem: Eu poderia ter tentando ao menos mais uma vez. Talvez eu tenha somente a dor do: E se ele tivesse aceitado...
Mas essa, meu caro, é uma dor que vem de lá, não daqui.

(Hoje: Desisto até segunda ordem, talvez amanhã tente de novo! E assim vai, até que se perca a vontade e não volte tão cedo.)